24 de setembro de 2013

Nepal: O legado de um cristão

Quando um irmão cristão, que chamaremos de “Lalib”, morreu na primavera passada em uma cidade do Nepal, era importante para sua família que seu corpo fosse enterrado. Para os cristãos nepaleses, o enterro não é somente uma maneira de se desfazer de um corpo, mas também um “Ebenezer” (I Sm 7:12). Um marco permanente da fé de uma pessoa e fidelidade a Deus. Mas no Nepal, onde 75% das pessoas são hindus, a cremação é o ritual esperado. A morte, juntamente com o nascimento e o casamento, é um dos três ritos significativos para essa cultura.

Cerca de 30 mil pessoas vivem na cidade da família de Lalib, mas há apenas cinco famílias cristãs. Quando Lalib morreu, radicais hindus tentaram levar o corpo para a cremação a fim de apagar seu testemunho como cristão. A cremação seria prova de que Lalib, na sua morte, havia retornado ao hinduísmo. Por outro lado, um túmulo seria um testemunho permanente de que esse homem tinha morrido como cristão.

A família de Lalib estava preparando o funeral na casa do pastor de sua igreja, o pastor “Sabal”. De repente, eles ouviram gritos do lado de fora. Uma grande multidão hindu se reuniu, gritando ameaças e exigindo o corpo a fim de realizar a cremação.

Sabal disse aos hindus que Lalib era cristão, e que sua família queria um funeral cristão. A multidão ficou furiosa, agarrando Sabal e dois outros cristãos, batendo neles com pedaços de paus e punhos cerrados. Os cristãos tentaram fugir em suas bicicletas, mas a multidão continuou a atacar.

Os familiares do morto encontraram refúgio na casa de “Bima”, uma viúva que lhes acolheu, apesar da multidão enfurecida a persegui-los. Por que ela iria atrair a perseguição para sua casa por abrigar os cristãos? “Eu sou serva do Senhor. Não temerei, porque Ele está conosco. Eu pensei que algumas dessas pessoas poderiam trazer problemas para mim, mas eu tenho que ser forte,” concluiu.

A multidão de hindus ficou enfurecida. Nisso, alguns cristãos vieram ao socorro do pastor em motos e conseguiram tirá-lo do meio do povo. O pastor Sabal ficou bastante ferido e foi examinado pelos médicos da VdM – Medical. Por uma semana ele não conseguiu dormir direito.

Esse é um legado que nossos irmãos perseguidos no Nepal estão deixando para a eternidade. E você, que legado está deixando?

Link
http://www.vozdosmartires.com.br/nepal-legado-de-um-crista/


21 de março de 2013 – a voz dos martires

16 de setembro de 2013

A Glória do Trabalho Missionário

Pr. Jarbas Ferreira da Silva

Efésios 4

A palavra glória é extremamente rica. Ela contém a noção de majestade, imponência, valor e beleza. Paulo, certamente, experimentou inúmeras vezes a presença maravilhosa do Senhor Jesus, e sabia muito bem, que tê-lo ao nosso lado, é o bem mais precioso, que alguém pode usufruir. A companhia do Espírito Santo (v.30) é não só a garantia da nossa herança futura nos novos céus e nova terra, mas de imediato, nesta vida, a nossa segurança e força para nos conformar à imagem de Cristo. Um cristão deve ser conhecido por imitar a Cristo e amá-lo acima de tudo.

Para alguns a obra missionária revela o seu valor na grandeza de seus missionários, dos resultados, sejam eles, conversões em massa, a implantação de novas igrejas, e a tradução das Escrituras em línguas vernáculas. Entretanto, tais critérios podem ser enganosos. Eu mesmo pude observar o resultado a posteriore de cruzadas evangelísticas, seguidas de números estrondosos, e glórias humanas, as quais por fim revelaram, que seus frutos não só foram efêmeros como desapontadores. Há várias razões e meios, que podem influenciar as massas sofridas a levantarem as mãos em sinal de aceitação do Evangelho, mas o transplante de coração necessário requer mais que uma decisão emocional ou levada pelos constrangimentos das circunstâncias.

O discipulado é o tema missionário de Paulo neste capítulo. O Evangelho é sim, o poder Deus para a salvação de todo aquele que nele crê, mas, isto significa salvação da tirania do pecado. Mudança de mente e coração revela o efeito profundo desta salvação. Transformação de mente e valores, revelados numa nova filosofia de vida. ( v.17-24 ). Os dons, diz, o apóstolo, dão a igreja a força necessária, para propiciar o ensino e a formação de Cristo no caráter e fé dos decididos. Por isso, o Cristão é aquele que deixa: a mentira, o ódio, o roubo, a maldade, e passa a ser amoroso, perdoador, ajudador e puro diante de Deus e dos homens. (v.25-32). Desta forma, o serviço missionário tanto nas suas estratégias, como em seus motivos e alvos, só trará glória a Cristo, se conduzir pessoas a nascerem de novo, e a imitarem aquele que as salvou. Não pode a árvore má dar bons frutos, sendo assim, todo aquele que se diz ser de Cristo, precisa andar como Ele andou. Missões então só trará glória a Deus, se insistir em promulgar e estimular, plena fidelidade a amor ao Mestre maravilhoso.

Verdadeiramente, um missionário deve levar consigo não só uma mensagem, mas antes de tudo, um testemunho; não ter somente um bom preparo acadêmico, mas ter, antes de qualquer coisa, um caráter em formação e debaixo do senhorio de Cristo, andando cheio do seu Espírito. Ele não será perfeito, mas nunca cederá, as derrotas espirituais momentâneas. Em humildade, ele falará do seu Salvador e encorajará ao povo ao qual ele se consagrou, a preservar no amor e serviço santo, do seu Senhor. A glória de qualquer projeto missionário, não poderá ser medida por nós, pois, só Deus, tem esta prerrogativa, mas, a glorificação do Pai e do Filho, na direção do Espírito Santo, deverá ser sempre nosso alvo, e neste capítulo, ela somente, poderá acontecer se pecadores, se tornarem discípulos de Cristo; não meros ouvintes da Palavra, mas com certeza praticantes da mesma.

Cristo sendo amado e se tornando visível, no caráter das pessoas, é um sinal inconfundível que, no Senhor o trabalho missionário não é em vão.

A Deus toda a glória.

MIAF Brasil