25 de dezembro de 2010

HISTÓRIA CHINESA DE NATAL

Numa pequena cidade do interior da China um evangelista relembra a história do menino Jesus em Belém para explicar o poder do verdadeiro Deus.

Um certo evangelista itinerante estava viajando pela ocasião do Natal de 1991 na província acidentada de Gansu. Ele caminhava a pé de povoado em povoado. Havia neve e um vento frio soprava, mas o coração dele estava quente. Era sua primeira viagem como evangelista e ele fizera vários convertidos nos cinco primeiros povoados que acabara de visitar. Mas, ao aproximar-se da sexta cidade deparou-se com um drama que parecia uma reprise do que aconteceu em Belém.

“Enquanto ia chegando na cidade, senti que algo estava errado. As pessoas estavam agrupadas, falando em voz baixa, com olhares acusadores umas para as outras. Então eu me apresentei: Olá, sou um portador de Boas Novas...”. Um homem baixinho me interrompeu: “Olhe, só temos más notícias aqui no momento”. Ele explicou, sem esconder sua irritação: “O bebê de um casal desta aldeia acaba de ser roubado”.

Nas regiões mais pobres da China, é comum o rapto de crianças para os casais ricos das grandes cidades. Pedi para falar com o casal, mas pessoas não permitiram e me mandaram embora. “Volte para sua terra, não queremos você aqui. Pare de nos aborrecer”. Lágrimas subiram aos meus olhos. Raramente alguém me falara nesse tom. Deveria “sacudir o pó das sandálias” e prosseguir? Ou ficaria mais um pouco com eles?

“Por favor, me leve até ao casal”, supliquei. “Quem sabe posso ajudar”. Com relutância, talvez porque eu fosse estrangeiro, fui levado à casa do sofrido casal. Entrei na cidade e encontrei ambos a me fitarem em silêncio. Os vizinhos se amontoavam na porta. Houve silêncio. A tristeza do casal pesava no ar. “Sinto muito pelo que aconteceu a vocês, mas conheço alguém que pode ajudar... Deus. Deixem que eu faça uma oração”.

O jovem marido exclamou indignado: “Cale a boca e vá embora. Oramos aos nossos deuses e nada aconteceu. Por que o seu iria ser diferente?” Neste momento fui agarrado por trás pelos aldeões e expulso da vila. “Não se atreva voltar aqui de novo!”, gritaram enquanto eu me retirava. Que fracasso. Fiquei andando pelas colinas humilhado, em lágrimas e clamando a Deus. Eu perguntava: “Senhor, terei orado em vão?”

Foi então que comecei a pensar no Natal. O Filho de Deus viera ao mundo sabendo que ia ser desprezado, espancado, perseguido pela incompreensão dos homens e finalmente crucificado. Todavia, mesmo assim Ele veio. E eu fui para outro povoado esperando ser bem acolhido, recebido com entusiasmo por pessoas que vivem uma existência monótona e isolada. Em vez disso, recebi o mesmo tratamento dado a Cristo.

Ajoelho ali na neve, compreendi o que devia fazer. Tinha de voltar àquela vila, sabendo com certeza que seria desprezado. Isso era seguir os passos do Mestre. Ele mostrara coragem, eu também deveria mostrá-la. Com o coração aos pulos tomei a direção oposta e comecei a andar vagarosamente de volta para a cidade.

De repente, através do silêncio do cair da tarde, ouvi o choro de um bebê. Virei em outra direção e ouvi novamente o choro, vindo de um buraco que na verdade era um velho poço. Cheguei até ele e olhei. Cerca de dois metros abaixo estava uma criancinha envolta num cobertor grosso, deitada no fundo do poço seco.

“Senhor, eu te louvo”, gritei para dentro do poço. A criança tinha a pele azulada pelo frio e então desci para aquecê-la um pouco. Aquela deveria ser a criança que sumira da cidadezinha naquela mesma manhã. Abri o cobertor. Ah, ali estava a explicação. Era uma menina. Os raptores não sabiam que era uma menina e descobrindo isso depois, a esconderam no poço para que morresse. Os casais das grandes cidades que financiam esse comércio hediondo, só querem meninos.

Voltei para o povoado com o fardo precioso da vida apertado em meus braços. Todos vieram correndo. Ficaram surpresos e cheios de alegria. Mãos amigas me levaram à casa do pobre casal e o sorriso no rosto da mãe quando coloquei o bebê em seu rosto era de pura gratidão.

“Venha, se aqueça perto do fogo”, disse o marido. Eles puxaram uma cadeira para mim e enquanto os outros aldeões se juntavam ao redor, ele perguntou: “Quem é esse Deus para o qual você orou?”

Que convite! Ali estava eu, um hóspede honrado, olhando para trinta pessoas ansiosas para ouvir o Evangelho. “Bem”, comecei eu, “Ele veio à terra na forma de uma criancinha, mais ou menos nesta época, há dois mil anos...”

O casal creu em Jesus naquela noite, mas eu também aprendi uma grande lição. Eu só ouvi o choro do bebê porque tinha decidido voltar à vila. Se não tivesse tido a coragem de levar o Evangelho, sem pensar nas conseqüências, não teria encontrado o bebê, e jamais compartilharia o Evangelho. Eu tive de aceitar primeiro o preço de levar as Boas Novas, sabendo que seria desprezado, mas sem me importar com isso.

Ganhei naquele Natal grande conhecimento da coragem mostrada pelo Senhor Jesus ao vir para um povoado tão pouco acolhedor como o nosso mundo. Ele veio voluntariamente! E esta é minha oração: “Que Deus me conceda mais dessa coragem que tornou possível o Natal!”

(Portas Abertas, 1992)

16 de dezembro de 2010

MISSIONÁRIOS: IGREJAS NÃO CHEGAM A UM QUARTO DO MUNDO

Por Michelle A. V. Repórter do Christian Post
Traduzido por Amanda Gigliotti

Mais de 25 por cento das etnias (povos não) no mundo, ou cerca de dois bilhões de pessoas, não foram representados na Conferência Lausanne.

Um grupo de povos não alcançados significa que a missão transcultural é necessária para uma pessoa do grupo ouvir o Evangelho, porque eles não conseguem encontrar pessoas dentro de seu grupo étnico para compartilhar com eles a boa notícia.

Os chefes de missão, na quarta-feira, disseram que o obstáculo mais difícil a superar para alcançar os povos não alcançados é a obediência da Igreja. Eles falaram na sessão de multiplex Lausanne.”

Um vídeo apresentado no início da sessão, destacou que apesar do fato de que 86 por cento de Muçulmanos, Hindus e Budistas, não conhecem pessoalmente um seguidor de Cristo, 90 por cento dos missionários vão para regiões "cristianizadas," de acordo com o World Christian Database.

"Em meus 14 anos trabalhando com os Muçulmanos, mobilizando as Igrejas na Coréia, eu vim a perceber que os Muçulmanos não têm faltado com pessoas para Deus, mas para o povo de Deus," disse Henry Lee, líder da missão em Seul, Coréia do Sul, e parte do Ethne to Ethne (grego pessoas para as pessoas), uma rede missão global focada em obter o evangelho a grupos de pessoas não alcançadas.

Kent Park, presidente da Missão norte-americana para Povos Não Alcançados, explicou por que as Igrejas não compartilham o Evangelho com grupos de pessoas que precisam ouví-lo.

"A Igreja da Indonésia, por sua própria confissão, disse que nós os temos ignorados (grupos de pessoas não alcançados na Indonésia), porque não queríamos pagar o preço, ficamos com medo, nós não pensamos que iria funcionar, nós não pensamos que iria dar certo. É isso que significa ser alcançado."

Arychiluhm Beyene, que já trabalhou no campo de missão nos últimos 15 anos, incluindo seis anos com as pessoas mais difíceis na Somália, contou uma história comovente de um homem "assustador" somali que se converteu ao Cristianismo do Islã.

Depois que o homem somali se converteu, ele contou Beyene, "Quando você olha para nós de fora com a longa barba, com a boina, e jalabiya (roupas tradicionais soltas usadas por alguns homens da Somália), somos assustadores. Mas eu só quero te dar garantia, não pare de contar as boas notícias. Apesar de parecer assustador a partir do exterior, nosso interior está procurando a verdade."

Durante a sessão de pessoas desaparecidas, um líder da missão Africana também falou sobre a desconexão entre o que ele vê entre o que é ensinado aos Cristãos Africanos e como eles vivem suas vidas.

Embora a África atualmente tenha a maior taxa de crescimento Cristão no mundo, também tem os maiores níveis de HIV, conflitos, pobreza e corrupção, disse Peter Tantal, o diretor regional da África do Sul de Ethne to Ethne.

Em 1900, havia 8 milhões de Cristãos na África. Hoje, há 500 milhões de Cristãos na África e em alguns países 90 por cento ou mais da população é cristã.

"O desafio diante de nós é como uma Igreja, apesar de ter crescido tanto, precisamos ensinar às pessoas o que significa viver como povo de Deus," disse Tantal.

O Terceiro Congresso Lausanne sobre Evangelização Mundial, também conhecido como Cabo Town 2010, atraiu mais de 4.000 líderes cristãos representando mais de 190 países para a conferência Cape Town, África do Sul. A conferência foi fundada pelo evangelista americano Billy Graham em 1974, em Lausanne, na Suíça, para trazer junto ao corpo de Cristo global para a evangelização mundial.

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Painel de representantes regionais de Ethne para Ethne, uma rede de missão focada em grupos de pessoas não alcançadas, na sessão de multiplex: The Unserved 'One-Fourth World,' na Conferência Lausanne III, na quarta-feira, 20 de outubro de 2010, em Cidade do Cabo, África do Sul.

http://portuguese.christianpost.com/

11 de dezembro de 2010

SEM BOMBOM NEM GUARANÁ

No campo missionário, a saudade da pátria mãe às vezes se revela pela perda de coisas simples a que estamos acostumados em nosso dia-a-dia na nossa terra. As crianças parece que são as que mais sentem essa mudança radical. Acostumadas a certos hábitos, elas esperam ansiosas pela oportunidade de virem ao Brasil para poder desfrutar de coisas simples, como por exemplo, beber refrigerante de guaraná e comer chocolate.

Que o diga a família do Pr. Gerson e Sônia Tomaz e seus três filhos. Missionários na Romênia, eles guardam no armário da cozinha uma lata de guaraná e uma caixa (vazias) de bombons do Brasil. Chocolate até existe na Europa, mas guaraná é exclusivo do nosso país. Quando vêm de férias eles saciam o desejo de tomar da bebida e levam algumas latinhas desse que é o mais famoso (e para alguns, o mais gostoso) refrigerante brasileiro.

O exemplo da família Tomaz mostra que os missionários, além de sentirem-se privados da companhia dos familiares, do convívio com a igreja que os enviou e do contato com o seu povo, também sentem carência de coisas simples que nem imaginamos que poderiam ter importância para eles.

A lata de refrigerante e a caixa de bombons estão ali para lembrar à família que os laços com o seu país não foram desfeitos. Mas também revelam a falta de pequenas delícias que ficaram para traz e que às vezes mexem com as emoções dos obreiros.

Quando orar pelo seu missionário lembre-se de pedir a Deus que supra as suas mínimas necessidades, mesmo aquelas que nem imaginamos que eles possam ter. Quem sabe seja uma simples vontade de tomar um guaraná, ou de comer um doce ou uma fruta tipicamente brasileiros.

Os missionários sentem a ausência dessas coisas também.

3 de dezembro de 2010

A PAIXÃO MISSIONÁRIA

E a paixão missionária onde foi parar?

Meu chamado missionário deu-se na adolescência. Em nossa igreja sempre havia missionários que por lá passavam e contavam-nos suas experiências adquiridas nas mais diversas partes do mundo.

Foi ali, no convívio da igreja, que ouvi falar do mundo islâmico, budista, hindu e comunista. No seio da igreja sonhei com os campos missionários e com a possibilidade de glorificar a Deus com minha vida. Nesta ocasião era praticamente impossível ler Mateus 28:19-20 sem as lágrimas virem aos olhos.

O tempo passou, o adolescente cresceu e o sonho tornou-se realidade. Tive o imenso privilégio de servir ao Senhor no mundo hindu por vários anos e nos últimos sete anos num contexto pós-cristão da Europa. Minha paixão pela missão continua a mesma, apenas mais amadurecida, já com alguns fios de cabelos brancos, e ainda hoje é impossível ouvir alguém falar de missões entre outros povos sem que as lágrimas me venham aos olhos.

Nestes quase quinze anos fora do Brasil e envolvido com a obra missionária, foram raras as oportunidades de voltar à “pátria amada”. No entanto, a cada retorno foi possível notar um esfriamento cada vez maior da paixão missionária. Lembro-me da ocasião em que as pessoas nos procuravam desejosas de saber sobre os povos do mundo e das necessidades missionárias. Já na minha última viagem ao Brasil a pergunta mais comum era: “Europa, interessante, lá é bom mesmo para se ganhar dinheiro?” Aliás, acredito que as necessidades missionárias da Europa sejam as mais desconhecidas da igreja brasileira. Quantos brasileiros sabem das milhares de cidades da Europa sem uma única igreja cristã? Só no pequeno Portugal são quase cinqüenta cidades sem igrejas.

O sentimento que tenho é que a igreja brasileira assumiu a sua responsabilidade, mas perdeu a paixão. Da última vez que lá estive raras eram as pessoas interessadas em falar sobre missões. Faz-se missões, mas não mais refletimos sobre o assunto. O resultado é um distanciamento daquilo que hoje acontece no mundo missionário, suas novas tendências, os novos alvos e, acima de tudo, nada se fala dos mais de doze mil povos não alcançados e muitos ficam espantados ao ouvir que ainda hoje missionários e cristãos são mortos ou lançados em prisões por causa do Evangelho, para estes, estas coisas de perseguição não passam de alguns relatos do Novo Testamento.

Hoje o missionário é um problema que a igreja brasileira tenta administrar dentro das suas prioridades locais. O assunto administra-se da maneira mais conveniente possível, conveniente para a igreja local, não para o missionário. Nós, brasileiros, gostamos da glória da missão, não do custo da missão. Gostamos de dizer que o “Brasil é o Celeiro do Mundo”, mas nos esquecemos de dizer que os missionários brasileiros estão entre os que menos recursos recebem de suas igrejas, e que raríssimos são os casos dos que possuem algum plano de aposentadoria.

Lembro-me da ocasião em que nos reunimos na Noruega. Éramos um grupo de cinqüenta brasileiros envolvidos com missões, sentíamo-nos o grupo mais especial do mundo, até que ouvimos o reitor da faculdade missionária da Noruega que, com detalhes e aquela humildade típica dos noruegueses, falou-nos como fazer missões de verdade, e contou-nos sobre a missão desenvolvida por missionários noruegueses em Madagascar ao longo dos anos, onde estão sepultados ao menos mil e quinhentos missionários noruegueses, mortos pelos mais variados motivos. A igreja brasileira ainda está muito longe da realidade do custo da missão.

Outra coisa importante a aprender com os nórdicos sobre como fazer missões está no tratamento que recebe o missionário norueguês. Em sua maioria possuem os mesmos direitos sociais e financeiros dos pastores locais. Isto significa que, após uma determinada idade, os missionários poderão contar com uma pensão vitalícia que garantirá o sustento na velhice e a garantia de provisão para a família. No caso brasileiro, a menos que o missionário faça contribuições por conta própria para a previdência social ou privada, chegará à velhice em uma situação constrangedora. Mas como a igreja brasileira ainda é muito nova no seu envolvimento missionário, pouco se pensa sobre este assunto. Não posso deixar de elogiar algumas juntas missionária e igrejas que agem diferente nesta questão e investem no futuro de seus obreiros.

Como podemos ver, a questão da missão é muito mais séria que enviar cinqüenta reais ou mil reais por mês para um missionário no campo. É uma questão de consciência missionária, de real envolvimento com todos os aspectos da vida do missionário, afinal, “digno é o trabalhador do seu salário” (Lc 10:7). Lembro-me da irmã Hanna, uma missionária aposentada, membro da nossa igreja na Noruega que, depois de mais de quarenta anos de serviço missionário na África, gozava de sua velhice a tocar piano em casa e nos lares de idosos que ela visitava semanalmente, como uma forma de manter-se ativa. Um dia numa conversa com ela fiquei surpreendido ao ouvir desta irmã que todos os seus mantenedores que a apoiaram quando ela saiu para missões na África, os que ainda viviam, continuavam a lhe enviar ofertas mensais, mantendo um lindo relacionamento entre mantenedor e missionário por mais de cinqüenta anos. Será que no Brasil algum dia ouviremos histórias assim de nossos missionários? No meu caso, um anos após ter saído para Índia, dos que se comprometeram comigo, 60% acabaram por desistir.

É tempo de repensar nosso envolvimento missionário, restaurar a paixão perdida, buscar aprender com outros povos como fazer missões de forma efetiva e duradora. O orgulho missionário brasileiro de nada serve, só nos atrapalha. Não somos o celeiro do mundo missionário, países menores e mais pobres que o Brasil, como a Argentina, por exemplo, enviam e sustentam mais missionários que nós. A Coréia do Sul possui mais de doze mil missionários em mais de cento e cinqüenta países do mundo, e o número tende a crescer. O cuidado da igreja coreana com seus missionários é muito superior ao cuidado recebido pelos missionários brasileiros. É preciso humildade, paixão, seriedade, e desejo de fazer missões de forma correta.

Sei que meu clamor pouco impressionará alguns, irritará a outros, mas é apenas um clamor escrito no sofá de casa, com minhas filhas aos pés, cada uma nascida em um país diferente, são também filhas da missão, mas espero que possa despertar a paixão e o pensamento de outros. Quanto a mim, continuarei na missão, venha o que vier, continuarei a sonhar e trabalhar pela conversão do mundo, continuarei a chorar quando ouvir Mateus 28:19-20 e ao ler histórias missionária como a de Adoniram Judson que li mais uma vez hoje pela manhã. Até que todos tenham ouvido.

Fonte: O Cuidado Integral de Missionários - Um forum para reflexão e encorajamento http://cuidadointegral.info/

Via: www.sepal.org.br

26 de novembro de 2010

O FUTURO DO MOVIMENTO DE LAUSANNE

Posted: 25 Nov 2010 07:48 PM PST

René Padilla

Os números relacionados com o Terceiro Congresso Internacional de Evangelização Mundial — que aconteceu na Cidade do Cabo, África do Sul, de 17 a 24 de outubro, sob o tema “Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo” (2 Coríntios 5:19) — são impressionantes. Estiveram presentes mais de 4 mil participantes de 198 países. Além disso, houve cerca de 650 sites de Internet conectados com o Congresso em 91 países e 100 mil “visitas” de 185 países. Isto significa que milhares de pessoas de todo o mundo puderam assistir às sessões por meio da Internet. Doug Birdsall, o presidente executivo do Movimento de Lausanne, provavelmente tem razão em afirmar que Cidade do Cabo 2010 foi “a assembleia evangélica global mais representativa da história”. Sem dúvida, este resultado foi alcançado, em grande medida, por meio de seu longo esforço.

Igualmente impressionantes foram os muitos arranjos práticos que se fizeram antes do Congresso. Além do difícil processo de seleção dos oradores para as plenárias e para os “multiplexes” (seminários) e as sessões de diálogo, dos tradutores e dos participantes de cada país representado, havia duas tarefas que devem ter envolvido muito trabalho antes do Congresso: a Conversa Global de Lausanne, para possibilitar que muita gente ao redor do mundo fizesse seus comentários e interagisse com outros, aproveitando os avanços tecnológicos contemporâneos; e a redação da primeira parte (a teológica) do Compromisso da Cidade do Cabo, redigida pelo Grupo de Trabalho Teológico de Lausanne, sob a direção de Christopher Wright.

Uma avaliação positiva de Lausanne III

A melhor maneira de comprovar o valor de uma conferência como Lausanne III é analisar os resultados concretos que ela produz posteriormente em relação com a vida e missão da igreja. Por esta razão, a avaliação presente da conferência que acaba de ser realizada na Cidade do Cabo tem que ser considerada como nada mais do que uma avaliação preliminar.

Cada um dos seis dias de programa (com um dia livre entre o terceiro e o quarto) tinha um tema:

1) Segunda-feira – Verdade: Defender a verdade de Cristo em um mundo pluralista e globalizado.

2) Terça-feira – Reconciliação: Construir a paz de Cristo em nosso mundo dividido e ferido.

3) Quarta-feira – Religiões Mundiais: Testemunhar o amor de Cristo a pessoas de outras crenças.

4) Sexta-feira – Prioridades: Discernir a vontade de Deus para evangelização deste século.

5) Sábado – Integridade: Chamar a igreja de Cristo de volta à humildade, integridade e simplicidade.

6) Domingo – Parceria: Formar parceria no corpo de Cristo rumo ao novo equilíbrio global.

Cada um destes temas chaves, qualificados como “os maiores desafios para a igreja na próxima década”, era o tema de estudo bíblico e da reflexão teológica a cada dia pela manhã. O texto bíblico que se usava na série intitulada “Celebração da Bíblia” era a carta aos Efésios. Um dos aspectos mais positivos do programa foi o estudo indutivo da passagem do dia, em grupos de seis membros sentados ao redor de uma mesa. Isto deu aos membros do grupo a oportunidade de aprender juntos, de orar uns pelos outros, desenvolver novas amizades e construir alianças para o futuro. Ao estudo bíblico em grupos, seguia a exposição da passagem de Efésios selecionada para esse dia. Sem minimizar a importância da música, do teatro, das artes visuais, dos testemunhos e das apresentações multimídia, uma alta porcentagem dos participantes sentiu que o tempo dedicado a “Celebrar as artes” poderia ter sido reduzido para dar mais tempo para “Celebrar a Bíblia”, atividade que gostaram muito.

Cabe fazer uma menção especial aos vários testemunhos que foram dados nas sessões plenárias pela manhã por certas pessoas cuja experiência de vida ilustrava claramente o tema do dia. Quem que esteve ali poderia se esquecer, por exemplo, da jovem palestina e do jovem judeu que falaram juntos sobre o significado da reconciliação em Cristo acima das barreiras raciais? Ou da missionária estadunidense que falou sobre testificar do amor de Cristo a pessoas de outras religiões, contando como vários cristãos — incluindo seu esposo, médico de profissão — foram assassinados por muçulmanos enquanto regressavam de um povoado isolado onde haviam estado servindo movidos pela compaixão cristã no Afeganistão?

Nos “multiplexes” e nas sessões de diálogo de cada dia (à tarde), foram exploradas em profundidade as implicações práticas do estudo e da reflexão bíblicas da manhã. Certamente que o debate mais relevante sobre os diferentes temas não se realizava necessariamente dentro dos limites de tempo definidos no programa mas nas conversas informais fora do programa oficial. De qualquer maneira, é um fato que muita da reflexão mais rica sobre os assuntos relacionados com os problemas globais contemporâneos se dava nas sessões da tarde. Estas sessões participativas, nas quais se levavam em conta a compreensão da diversidade de perspectivas representadas; a contextualização de ideias, modelos, contatos e materiais; e o compromisso para articular planos de ação, serão a base para a segunda parte do Compromisso da Cidade do Cabo. O plano é publicar o documento de duas partes (a teológica e a prática) com um guia de estudo no fim de novembro.

Dos vinte e dois multiplexes que se ofereceram durante o Congresso, houve especialmente três que enfocavam assuntos que poderiam ser considerados como os mais críticos para o hemisfério Sul: a globalização, a crise ambiental e a relação entre riqueza e pobreza. Estes três fatores estão vinculados intimamente entre si e, em vista do enorme impacto que produzem em milhões de pessoas no mundo das grandes maiorias, merecem muito mais atenção que receberam até o momento por parte do movimento evangélico.

Sérias deficiências

Segundo a definição oficial de sua missão, o Movimento de Lausanne existe para “fortalecer, inspirar e equipar a Igreja para a evangelização mundial em nossa geração, e exortar os cristãos sobre seu dever de participar em assuntos de interesse público e social”. Uma análise detalhada desta definição expõe a dicotomia que influenciou um grande segmento do movimento evangélico, especialmente no mundo ocidental: a dicotomia entre evangelização e responsabilidade social. Por causa desta dicotomia, relacionada estreitamente com a dicotomia entre o secular e o sagrado, o Movimento de Lausanne se propõe a “fortalecer, inspirar e equipar a Igreja para a evangelização” mas só “exortar os cristãos” a respeito de sua responsabilidade social. O pressuposto que está implícito é que a missão prioritária da igreja é a evangelização, concebida em termos de comunicação oral do Evangelho; enquanto que a participação em assuntos de interesse público e social — as boas obras por meio das quais os cristãos cumprem sua vocação como “luz do mundo” para a glória de Deus (Mateus 5:16) — é um dever secundário, para o qual os cristãos não necessitam ser fortalecidos, inspirados e equipados, apenas exortados.

Na exposição bíblica de terça-feira, baseada em Efésios 2 (o segundo dia do Congresso), esclareceu-se, a partir do texto bíblico, que Jesus Cristo é nossa paz (v.14), fez nossa paz (v.15) e anunciou paz (v.17). Em outras palavras: em Cristo, o ser, o fazer e o proclamar paz (“shalom”, vida em abundância) são inseparáveis. A igreja é fiel ao propósito de Deus na medida em que ela prolonga a missão de Jesus Cristo na história, manifestando a realidade do Evangelho concretamente não apenas pelo que diz mas também pelo que é e pelo que faz. A missão integral da igreja está enraizada na missão de Deus em Jesus Cristo, missão que envolve toda a pessoa em comunidade, a totalidade da criação e cada aspecto da vida.

A exposição bíblica baseada em Efésios 3, no dia seguinte, pôs em relevo a necessidade urgente que o Movimento de Lausanne tem de esclarecer teologicamente o conteúdo da missão do povo de Deus. Em contraste com o que se disse no dia anterior, o pregador designado para a quarta-feira afirmou que, se bem que a igreja se preocupa com toda a forma de sofrimento humano, ela se preocupa especialmente pelo sofrimento eterno e, consequentemente, está chamada a dar prioridade à evangelização dos perdidos.

Uma séria deficiência de Lausanne III foi não dar tempo para a reflexão séria sobre o compromisso que Deus espera de seu povo em relação à sua missão. Lamentavelmente, não houve tempo para dialogar sobre o Compromisso da Cidade do Cabo, sobre o qual o Grupo de Trabalho Teológico, dirigido por Christopher Wright, tinha trabalhado por um ano com a intenção de circulá-lo no começo do Congresso. Compartilhou-se o documento apenas na sexta-feira à noite, e não foram tomadas medidas para que os participantes escrevessem pelo menos seus comentários pessoais antes do encerramento da conferência em resposta a perguntas específicas. Segundo o Comitê Executivo, não havia tempo para isso! A postura negativa assumida pelos organizadores do programa a respeito da recomendação de um grupo de participantes anciãos interessados em conseguir que todos os participantes vissem o documento como algo seu, não apenas conspira contra esse propósito. É também um sinal de que o Movimento de Lausanne está ainda muito longe de alcançar a parceria sem a qual não tem base para se considerar um movimento global.

Em comparação com o tratamento que recebeu o documento produzido pelo Grupo de Trabalho Teológico, dedicou-se, na quarta-feira, toda uma sessão plenária à estratégia para a evangelização do mundo nesta geração — uma estratégia elaborada nos Estados Unidos baseada numa lista de “grupos de povos não-alcançados” preparada pelo Grupo de Trabalho Estratégico de Lausanne. Tal estratégia refletia a obsessão pelos números, típica da mentalidade de mercado que caracteriza um setor do movimento evangélico dos Estados Unidos. Por outro lado, segundo muitos participantes do Congresso que conhecem de primeira mão as necessidades de seus respectivos países em relação à evangelização, a lista de grupos de povos não-alcançados não fazia justiça à situação real. Curiosamente, não constava na lista nenhum grupo não-alcançado nos Estados Unidos!

Outra deficiência de Lausanne III foi que, como destacou o Grupo de Interesse em Reconciliação, não se fez nenhuma menção oficial ao fato de que o Congresso estava sendo realizado num país que até poucos anos estava dominado pelo Apartheid e ainda sofre a injustiça social resultante desta política. Na realidade, o Congresso realizou-se no Centro Internacional de Convenções que foi construído sobre o terreno que se reivindicou com os escombros do Distrito Sul da Cidade do Cabo quando, em 1950, esse distrito foi declarado uma zona exclusiva para brancos. Consequentemente, cerca de 60 mil habitantes negros foram expulsos da área à força e seus lares foram arrasados por completo. Entretanto, os organizadores da Cidade do Cabo 2010 fizeram ouvidos surdos ao pedido do Grupo de Interesse em Reconciliação que rechaçasse oficialmente “as heresias teológicas que deram sustento ao Apartheid” e lamentasse “o sofrimento sócio-econômico que é o legado atual do Apartheid”. Alguém pode se perguntar quão sério são os líderes do Movimento de Lausanne em seu compromisso com o Pacto de Lausanne, segundo o qual “a mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam” (parágrafo 5).

A parceria na missão e o futuro do Movimento de Lausanne

Um fato que hoje reconhecem e mencionam com frequência aqueles que têm interesse na vida e missão da igreja em nível global é que, nas últimas décadas, o centro de gravidade do cristianismo se deslocou do Norte e do Ocidente para o Sul e o Oriente. Apesar disso, com demasiada frequência os líderes cristãos do Norte e do Ocidente, especialmente nos Estados Unidos, continuam considerando que eles são os encarregados de desenhar a estratégia para a evangelização de todo o mundo. Como se afirma na página sobre o “Sexto Dia – Parceria” do livro que contém a descrição detalhada do programa do congresso, “o centro da liderança organizacional, do controle financeiro e das tomadas de decisão tende a permanecer no norte e no ocidente”.

Tristemente, o maior obstáculo para implementar uma verdadeira parceria na missão é a riqueza do Norte e do Ocidente; a riqueza que Jonathan Bonk, em seu importante livro sobre “Missions and Money” [Missões e dinheiro], descreveu como “um problema missionário ocidental”. Se é assim, e se o Movimento de Lausanne vai contribuir significativamente com o cumprimento da missão de Deus por meio do seu povo, chegou o momento de que a força missionária conectada com este movimento, incluindo seus estrategistas, renuncie ao poder do dinheiro e modele a vida missionária na encarnação, no ministério terreno e na cruz de Jesus Cristo.

- Texto enviado pelo autor para Editora Ultimato. Traduzido por Novos Diálogos. René Padilla, autor de O Que é Missão Integral?, é um dos teólogos e pensadores protestantes latino-americanos mais conhecidos em todo o mundo. Nascido no Equador e residente em Buenos Aires, Argentina, é fundador e presidente da Fundação Kairós e da Rede Miqueias.

VIA: Veredas Missionárias


FONTE: http://www.ultimato.com.br

20 de novembro de 2010

BRASIL E PORTUGAL CONFIRMAM ACORDO DE INTENÇÕES MISSIONÁRIAS

No início deste ano foi assinado um acordo de intenções, em Portugal, entre a Convenção Batista Portuguesa – CBP e a Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira – CBB, que contou com as presenças dos pastores João Marcos Barretos Soares (Diretor Executivo da JMM), Sócrates Oliveira de Souza (Diretor Executivo da CBB) e Abel Pêgo (Presidente da CBP).

Em recente visita ao Brasil, o Pr. Abel Pêgo acertou essa parceria entre as Convenções, cujo objetivo é o envio de missionários brasileiros para Portugal, a fim de revitalizar e plantar igrejas naquele país. Novamente o presidente da CBP se reuniu com a liderança batista brasileira – agora com a presença do Pr. Lauro Mandira (Gerente de Missões da JMM) – e já estão agilizando os trabalhos nesse sentido.

O primeiro casal missionário, como resultado da parceria entre a CBP e Missões Mundiais da CBB, Pr. José Patrício e Suely Calixto já está em Portugal. O culto de posse do casal missionário aconteceu no dia 3 de outubro, na Igreja Baptista de Vila Real, que fica na Província de Trás-os-Montes, no norte de Portugal.

“O Pr. Abel nos desafiou a enviar outros obreiros, além de plantadores e revitalizadores de igrejas para o seu país. Mas há outros desafios, como pastores-professores com doutorado para preparar líderes no Seminário de Portugal e ajudar a implantar o curso de Mestrado; líderes jovens para atuar junto às igrejas no despertamento da juventude portuguesa; missionários com conhecimento da Linguagem de Sinais para treinar obreiros portugueses a fim de evangelizar os 350 mil surdos do país”, disse o Pr. Lauro Mandira, Gerente de Missões da JMM.

Louvamos a Deus pela cooperação missionária entre as Convenções Batistas Brasileira e Portuguesa.

Data: 17/11/2010 - Fonte: JMM

13 de novembro de 2010

GOVERNO DO BUTÃO ESTUDA LEGALIZAR RELIGIÃO CRISTÃ

Pela primeira vez na história do Butão, o governo da nação budista parece pronta para conceder o tão esperado reconhecimento oficial e acompanha os direitos para uma pequena população cristã que tem permanecido em grande parte oculta.

Segundo o secretário da agência Dorji Tshering via telefone, a autoridade que regulamenta organizações religiosas discutirá na próxima reunião – mantida para o final de dezembro – como uma organização cristã pode ser registrada para representar esta comunidade.

Até aqui somente organizações budistas e hindus são registradas pela autoridade, localmente conhecida como Chhoedey Lhentshog. Como resultado, somente estas duas comunidades tem o direito de praticar publicamente sua religião e construir templos.

Questionado se os cristãos iriam provavelmente conseguir os mesmo direitos em breve, Tshering respondeu, “Absolutamente” – um aparente paradigma muda na política, dado que a Assembleia Nacional do Butão proíbe prática pública de religiões não budista e não hindu pelas resoluções em 1969 e em 1979.

O movimento do governo para legalizar o cristianismo parece ter o consentimento do presente e respeitado rei, Jigme Khesar Namgyel Wangchuck. Antes dos trinta anos, ele estudou em universidades dos Estados Unidos e do Reino Unido.

O primeiro ministro Lyonchen Jigmey Thinley também acredita a princípio em haver reconhecimento de outras religiões. De acordo com uma fonte que solicitou anonimato, o governo é plausível para registrar somente uma organização cristã e aguarda que isso represente todos os cristãos no Butão – que apela para a unidade cristã no país.

Fonte: Portas Abertas / Gospel Prime
05/11/2010

8 de novembro de 2010

ANIVERSÁRIO DE BILLY GRAHAM E SEU MINISTÉRIO

Billy Graham e seu ministério comemoram 92 anos de obras

O Evangelista Cristão Billy Graham, comemorou seu aniversário de 92 anos no domingo, 7. Embora já com idade avançada, o líder amado disse que está ainda à procura de maneiras de servir ao Senhor. “Fico maravilhado cada vez que penso em quantos anos o Senhor tem me dado nesta terra," disse Graham em uma declaração. "Sou grato por Sua bênção sobre o nosso ministério por mais de seis décadas, mas me pergunto se Ele tem algo mais para eu realizar."

Ao longo dos últimos anos, em sua casa na Carolina do Norte, Graham vem trabalhando no projeto do livro sobre o processo de envelhecimento. Ele continua a comparecer às reuniões do Conselho da Associação Evangelística Billy Graham, quando pode e comemora os relatórios dos eventos do ministério, tais como festivais evangelísticos conduzidos por seu filho, Franklin, e o neto, Will.

"Sob a liderança de Franklin, o ministério alcançou novas audiências de novas maneiras que eu nunca teria sonhado, incorporando muitas novas tecnologias e estratégias criativas para compartilhar a mesma mensagem do amor de Deus ao redor do mundo," observou.

No ano passado, ele também foi visitado por líderes cristãos e políticos, incluindo o evangelista Greg Laurie do sul da Califórnia, o presidente Barack Obama e a ex-governadora do Alasca Sarah Palin.

Seus temas de oração recentes incluíram a renovação na Igreja na América e ressurgimento internacional.

Acredita-se que Graham tenha falado frente a frente com mais pessoas em mais lugares do que ninguém na história. Ele tem pregado a mais de 210 milhões de pessoas em mais de 185 países. E o ministério continua a alcançar milhões.

Seu programa de rádio, "A Hora da Decisão," completou 60 anos nesta sexta-feira.

"A Hora da Decisão," o ministério de rádio semanal da Associação Evangelística Billy Graham (BGEA), foi transmitido em 581 estações de rádio nos EUA e centenas de rádios internacionais. O programa pode ser ouvido em cinco idiomas diferentes, incluindo Inglês, espanhol, francês, mandarim e persa.

O show é um dos programas de rádio que está no ar a mais tempo. Sua primeira transmissão foi ao vivo da Cruzada de Billy Graham em Atlanta, Geórgia, em 5 de novembro de 1950. Jim Kirkland, diretor da rádio na Associação Evangelística Billy Graham (BGEA), diz que o objetivo do show é e sempre foi o de "tornar Jesus Cristo conhecido."

Ele disse ao The Christian Post "Queremos apresentar Jesus Cristo àqueles que não estão andando com ele, e construir a caminhada com aqueles que estão. Queremos ter certeza de que o Evangelho de Jesus Cristo seja anunciado."

Cliff Barrows, membro da National Religious Broadcasters Hall of Fame realizou sua cobertura como o anfitrião desde 1950.

Em sua entrevista ao Christian Telegraph, Barrows destacou, "As mensagens que Billy pregou há 60 anos e ao longo dos anos são tão relevantes hoje como na época em que ele as pregou. Deus continua a usar a fidelidade de Billy para alcançar um mundo ferido com a Boa Nova de Jesus Cristo. Agradecemos a Deus pela oração e apoio de tantos fiéis que foram nossos parceiros no ministério todos estes anos."

Uma homenagem especial para Graham será realizada no domingo, durante "A Hora da Decisão."

Data: 8/11/2010
Fonte: Christian Post

4 de novembro de 2010

ÍNDIO ESPERA VINTE ANOS PARA OUVIR SOBRE DEUS

Aker não podia acreditar no que ouvia. Nativo de Oklahoma, ele passou os últimos dois anos, compartilhando Jesus em uma área rural da China, sem ver uma única salvação, até agora.

Deus levou Aker e uma pequena equipe de voluntários dos Batistas do Sul a um homem chamado Salomão, que vivia com sua família em um barraco de chão batido uma aldeia de montanha isolada. Aker contou a história do Evangelho e Salomão creu imediatamente.

Mas foi o que Salomão disse depois que Aker não pode esquecer. “Há vinte anos eu senti no meu coração que havia um Deus acima de tudo, mas não sabia nada sobre ele. Então eu orava todos os dias pedindo que Ele mandasse alguém para me dizer quem Ele era. E hoje Deus respondeu a minha oração”.

De acordo com relatos do missionário, essa foi provavelmente a experiência mais marcante que ele já teve com Deus no tempo missionário. “Não fiz nada de especial, foi Deus que ordenou o momento certo”.

Imediatamente Salomão começou a contar aos outros sobre um Deus único e verdadeiro. Rapidamente levou seis moradores da aldeia a Cristo, incluindo sua esposa e duas filhas.

O pajé local tomou conhecimento e ameaçou publicamente, que se não parassem de falar do amor de Deus, seriam amaldiçoados e morreriam em três dias. Salomão recusou-se a ficar em silêncio, e no quarto dia, quando os moradores viram que ele ainda estava vivo, ninguém entendeu.

Salomão falou de Jesus para toda a aldeia. Em um único dia, mais de 80 pessoas se renderam a Cristo. “Essas pessoas vivem com medo de espíritos malignos. Tudo que eles fazem, seja a direção de sua própria, momento certo para casar e o que comer, é tudo baseado na tentativa de acalmar os espíritos malignos. Mas Salomão não teve medo de morrer porque confiou em Deus”.

Quatro anos depois, Deus continua usando a influência de Salomão para trazer mais de 400 pessoas à Cristo em três aldeias vizinhas e está chegando a quarta. Três igrejas já foram plantadas. “Eu jamais conseguiria evangelizar todas as 147 aldeias em cinco meses. Por isso temos que treinar os crentes para chegar onde não chegamos”, revela Ray Aker.

Cpad news
Veredas Missionárias

29 de outubro de 2010

PETER CARTWRIGHT

Aqui está um pequeno episódio da vida de Peter Cartwright, contado por ele mesmo. Nos primeiros dias de seu ministério itinerante, nas matas virgens de Kentucky, havia uma taverna pertencente a um notório valentão. Sua repetida ostentação em voz alta era: “Nenhum pregador permanece aqui”. Cartwright estava cavalgando em seu circuito ali naquela vizinhança; havia ouvido a jactância, mas permaneceu firme no seu caminho. Notícias da aproximação do pregador foram levadas ao taverneiro, que saiu quando viu Cartwright aproximar-se. O valentão ordenou ao pregador que voltasse ou levaria uma surra. Peter Cartwright nunca gostou de “receber ordens” de ninguém, nem mesmo em seus últimos anos, dos bispos da Igreja Metodista Episcopal! Apeou do cavalo e a briga se desenrolou. Logo ele tinha o taverneiro no chão e esmurrava-o vigorosamente, enquanto cantava: “saudai o nome de Jesus”. Fez o valentão prometer nunca mais interferir com os pregadores; mas Peter teve que cantar três estrofes até o homem concordar!

Isso, certamente, não estava de acordo com a Disciplina Metodista, ou com qualquer etiqueta ortodoxa eclesiástica; mas estava de acordo com a natureza do homem e com a vida de uma fronteira selvagem.

Tal incidente, que se multiplicou muitas vezes na própria autobiografia de Cartwright, e centenas de vezes nas lendas que se formaram sobre ele, indica um aspecto da admirável carreira e personalidade do homem. Ele se projeta como um homem de lendário vigor físico, rápida adaptabilidade a todas as condições de vida, agudeza de espírito e admirável poder de voz pungente e uma devoção firme ao evangelho e à Igreja. Ele era o único – não tirado de um molde – uma demonstração da verdade que “Deus cumpre suas promessas de muitas maneiras”, para que um bom costume (ou um só tipo de pregador) não corrompa o mundo.

Peter Cartwright cresceu em Kentucky, quando esse Estado ainda era “terra escura e sangrenta”. Serviu toda a vida, desde o começo, como pregador itinerante, em Kentucky, com a idade de dezoito anos, até a morte, em 1872, 69 anos de prodigioso trabalho, nos estados de Kentucky, Indiana e Illinois. Por vinte anos foi itinerante e por cinqüenta superintendente distrital. A riqueza da história de seu espírito, seu poder ao tratar com homens violentos, não devem obscurecer a lembrança de sua sabedoria, sólido senso e dedicação religiosa, assim como o conhecimento do senso de humor possuído pelo grande amigo de Cartwright, Abrahão Lincoln, não deve obscurecer a apreciação de sua grandeza moral.

Aqui está uma descrição contemporânea de Cartwright, com um pouco de imaginação: “Sua boca e olhos, tanto quanto a radiante graça da parte superior de suas faces, falam de uma natureza bondosa e sociável. Sua cabeça é grande e firmemente sustentada entre amplos e compactos ombros. Sua testa é larga e encimada por uma emaranhada massa de cabelo cinzento férreo. Seus olhos são intensamente profundos em cor e brilham como fogo, sob as felpudas sobrancelhas, e nos cantos dos olhos ostenta profundas rugas. Sua pele nunca clara, é bastante queimada pelo sol.

Aqui está o homem em ação aos setenta anos: “cavalgou 70 quilômetros sob chuva, pregou a muitas congregações, recebeu, para as despesas, 15 centavos de dólar e para as refeições doze grandes maçãs.”

Ele chamava a si mesmo “o lavrador de Deus”. A lâmina do seu arado penetrou profundamente na vida da nação e das igrejas.

E, havendo posto a mão ao arado, nunca olhou para trás.

Do Livro "Linha de Esplendor Sem Fim"

Via: http://teologiamakarios.blogspot.com

22 de outubro de 2010

CONGRESSO DE LAUSANNE

Verdade e perseguição religiosa são as ênfases do segundo dia

O segundo dia do Congresso de Lausanne em Cape Town trouxe como ênfase a importância da verdade contra a tendência ao relativismo na sociedade contemporânea. O teólogo chinês Carver Yu reconheceu a pluralidade, mas combateu o pluralismo. Para ele, a primeira faz parte da cultura humana, mas o segundo é algo totalmente diferente. “O pluralismo é uma ideologia que proclama que a verdade é uma construção cultural válida somente para a cultura que a construiu”. Segundo Carver, “só podemos provar ao mundo a verdade por meio da transformação das nossas vidas”.

O teólogo alemão Michael Herbst lembrou que a verdade é uma pessoa. “Olhar para Jesus e buscar a verdade”, disse. Já o escritor Os Guiness ressaltou que o conteúdo da Bíblia parece indecente para o mundo moderno, mas se olharmos mais profundamente, ele é fundamental para este mundo. Os Guiness listou algumas razões pelas quais, em sua opinião, a verdade cristã é importante: honra ao Deus da verdade, equilibra emoção e razão, avança em favor da humanidade, fundamenta a proclamação da fé, combate a hipocrisia e o mal, e nos ajuda a crescer na transformação em Jesus Cristo.

O teólogo colombiano Harold Segura é um dos participantes latino-americanos no Congresso. Ele fez uma uma síntese da temática do dia:

Se analisarmos pelas declarações finais dos congressos, diriamos, então, que enquanto Lausanne I partiu da intencionalidade missionária do Deus Criador e Senhor do mundo (o primeiro capítulo do Pacto de Lausanne é ‘O Propósito de Deus’), Lausanne II partiu de uma série de afirmações chaves da fé evangélica (o Manifesto de Manila apresenta 21 afirmações, em sua maioria de caráter doutrinário), Lausanne III decidiu partir da defesa da verdade, diante de um diagnóstico absoluto de que o pluralismo, a secularização e o mundo globalizado são os males sobre os quais devemos responder. Ao que parece, a defesa da verdade é a proposta pastoral que pretende orientar nossa travessia missionária. Isso se não foi dito algo diferente nas mesas de diálogo ou nas sistematizações dos grupos pequenos”.

Estudo de Efésios

O dia começou com louvores em várias línguas e com o estudo do primeiro capítulo de Efésios. O expositor foi o teólogo de Sri Lanka, Ajith Fernando. Para ele, o texto bíblico mostra a natureza da salvação de Deus por nós. “Redenção, sangue, perdão e graça transbordante são novas expressões usadas por Paulo para falar sobre salvação”. Fernando afirmou que a salvação traz um conceito mais completo sobre Deus do que normalmente compreendemos. “Ver Cristo como alguém que supre as necessidades pessoais é um ponto inicial, mas não é só isso. Deus está marchando para a vitória final. Ele tem um plano, um propósito para o mundo. O Evangelho é mais profundo , mais rico e maior do que a ideia de Deus suprindo as necessidades imediatas”.

Nos grupos pequenos, os participantes puderam estudar de forma indutiva o texto exposto por Ajith Fernando. O pastor guatemalteco, German Hernany, disse que seu país não tem problemas com a liberdade de pregação do Evangelho, mas o maior obstáculo para isso é a falta de unidade da igreja. Já o pastor espanhol Estevan Muñoz disse que em seu país uma visão secularizada e a indiferença sobre Deus são os grandes desafios.

À tarde, os participantes puderam escolher vários seminários, com mais de um preletor cada, chamados “multiplex”. No multiplex sobre mídia e missões, os preletores destacaram a grande importância dos canais de comunicação cristãos na formação e na defesa da verdade no mundo hoje.

Deus movendo a igreja

A noite deste segundo dia de programação foi dedicada a uma visão panorâmica de como Deus está movendo a igreja no mundo, em especial em contextos de perseguição e violência religiosa. Documentários em vídeo informaram histórias de perseguição contra cristãos na Colômbia, na África Ocidental, no Oriente Médio, no Vietnã, no Uzbequistão, no Turquemenistão e no México. “Policiais vieram à igreja, esperando descobrir algo errado. Identificaram no conteúdo do sermão. Fui preso, mas pude compartilhar o evangelho na prisão. Trinta presos se converteram a Cristo”, disse, em vídeo, um pastor vietnamita.

Os congressistas oraram juntos pela situação da igreja na China. Muitos chineses que participariam do Congresso de Lausanne foram impedidos de sair do seu país.

Os 4.200 participantes se emocionaram com o testemunho ao vivo de uma jovem moça da Coréia do Norte. Seus pais foram perseguidos politicamente e a família teve que mudar para a China. O pai se converteu e se tornou missionário na Coréia do Norte. Por conta disso, morreu fuzilado pelo governo anos depois. Hoje, a filha mora na Coreia do Sul e está estudando para o vestibular. Quer lutar pelos direitos humanos em sua terra natal. O testemunho da jovem arrancou lágrimas e aplausos de mais de 3 minutos dos participantes.

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Evento discute rumos da Evangelização Mundial

Começou no domingo, 17 de outubro de 2010, na Cidade do Cabo, o Terceiro Congresso Lausanne sobre Evangelização Mundial. Ele reúne 4 mil participantes convidados de 197 países e chega a 90 países através do GlobalLink. O tema do congresso é “Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo” (2 Coríntios 5:19) e o testemunho de Jesus Cristo e de todos os seus ensinamentos em todas as regiões do mundo e em todas as esferas da sociedade.

O Movimento Lausanne, fundado por Billy Graham, tem como único objetivo reunir evangélicos em um propósito comum. O Congresso reafirma as verdades bíblicas fundamentais do cristianismo e discute os temas críticos que a Igreja certamente enfrentará durante a próxima década. Esses temas foram identificados através de reflexões em todo o mundo.

O presidente do Movimento Lausanne, Doug Birdsall, afirmou: “Trabalhamos para envolver os líderes evangélicos de todos os continentes. Este é o primeiro Congresso da era digital com este perfil e oramos para que ele anuncie um novo momento para a Igreja”.

Nesta era da informação, será intenso o tráfego no site do Congresso em seus oito idiomas, e as emissoras de rádio transmitem programas para toda a África e para a América Latina sobre os temas discutidos.

O Congresso Lausanne sobre a Evangelização do Mundo de 1974 gerou o Pacto de Lausanne, amplamente reconhecido como o documento de maior importância na história recente da igreja. Ao refletir sobre isso, o Arcebispo Henry Orombi, presidente do Comitê Anfitrião na África declarou: “Submissos a Deus, o legado do Terceiro Congresso depende de nós!”. Neste congresso será gerado O Compromisso da Cidade do Cabo - uma declaração de fé e um chamado à ação. O Dr. Chris Wright, diretor da Lagham Partnership International, é o principal arquiteto desta nova declaração, um trabalho feito em parceria com teólogos respeitados de todos os continentes.

Cada um dos seis dias do Congresso se iniciará com o estudo de Efésios, liderado por pastores teólogos de todo o mundo. “Estudaremos Efésios como uma comunidade global”, afirmou Blair Carson, diretor do Congresso. “Queremos formar uma base para um novo movimento de comunicação do evangelho de Jesus Cristo”.

John Stott e Billy Graham enviaram suas saudações pessoais, comprometendo-se a orar diariamente. Atualmente, ambos estão mais fragilizados, entretanto, não perderam sua paixão por Cristo e por Seu evangelho. Ao refletir sobre as imensas mudanças que ocorrem no mundo, Billy Graham escreveu de sua casa na Carolina do Norte: “Uma das tarefas que terão durante o Cape Town 2010 será analisar essas mudanças e avaliar o impacto delas na missão para a qual Deus nos chama hoje”.

John Stott manifestou sua satisfação pessoal com o fato do Congresso ser realizado na África: “Minha oração é que vocês partilhem ricamente a bênção que Deus tem derramado sobre a Igreja neste continente assim como a dor e o sofrimento do seu povo ali”.

Os participantes do Congresso contam com apoio desses grandes homens.

http://www.creio.com.br/2008/noticias01.asp?noticia=10767

18 de outubro de 2010

JONAS: CHAMADA, DESOBEDIÊNCIA E RESTAURAÇÃO


1. O DEUS DA BÍBLIA É UM DEUS QUE CHAMA

a. Chama porque tem autoridade
b. Chama porque tem propósitos
c. Chama porque tem pessoas disponíveis
d. Chama a quem Ele deseja
e. Chama para onde julga necessário

2. DEUS CHAMOU A JONAS

a. Um chamado específico
b. Um chamado emergente
c. Um chamado intransferível

3. A REAÇÃO DE JONAS AO CHAMADO DE DEUS

a. Jonas decidiu não ir para onde Deus o enviou
b. Jonas decidir ir para onde Deus não o enviou
c. Jonas ignorou o sentido de sua chamada
d. Jonas foi diferente de Isaias e de Paulo
i. Isaias disse: “Eis-me aqui...”
ii. Paulo disse: “Que queres que eu faça?”

4. A PERIGOSA VIAGEM PARA TARSIS

a. Perigosa porque Jonas tentava fugir de diante do Senhor
b. Perigosa porque não cumpria a rota estabelecida por Deus
c. Perigosa porque não contava com a aprovação de Deus

5. A DUALIDADE REGISTRADA NA BÍBLIA

a. Duas estradas, dois caminhos, duas portas.
b. Tarsis ou Nínive?
c. A vontade de Deus e a vontade pessoal

6. A NATUREZA DO CHAMADO DE JONAS

a. Um chamado pessoal – somente para ele.
b. Um chamado espiritual – tinha em vista a transformação de Nínive.
c. Um chamado bíblico – para que ele pregasse a Palavra.
d. Um chamado poderoso – era acompanhado de autoridade.

7. JONAS FOI CHAMADO PARA IR A NÍNIVE

a. Cidade fundada por Ninrode.
b. Corresponde ao atual Iraque
c. As ruas tinham 20 km de comprimento.
d. Capital da Assíria, uma cidade altamente pecadora.

8. O QUE DEUS ESPERAVA DE JONAS

a. Obediência
b. Determinação
c. Dedicação
d. Compaixão

9. OS PASSOS DESCENDENTES DE JONAS

a. Desceu a Jope
b. Desceu para o porão do navio
c. Desceu para o ventre do peixe
d. Desceu para o fundo do mar

10. A RESTAURAÇÃO DE JONAS

a. Jonas se arrependeu de sua desobediência
b. Jonas orou ao Senhor
c. O Senhor deu a Jonas uma segunda oportunidade
d. Ele realizou um grande trabalho em Nínive
e. Houve um grande avivamento na cidade
f. Jonas foi honrado pelo Senhor Jesus.

(http://bancodedadosbiblico.blogspot.com)

12 de outubro de 2010

SAMUEL HEDLUND

Samuel Hedlund nasceu em 4 de maio de 1890, na cidade de Eskilstuna, na Suécia. Converteu-se a Cristo em 23 de novembro de 1918, passando a congregar na Igreja Filadélfia, em Estocolmo, liderada pelo pastor Lewi Pethrus. Casou-se em 1920 com a irmã Tora Larsson, com quem teve três filhas: Noemi Teresia, Dorothy Charlotte e Lilian (falecida aos 4 anos).

O irmão Hedlund recebeu, na Suécia, a chamada para trabalhar no Brasil. Ela veio através de um arrebatamento espiritual. Naquele dia, Hedlund foi levado a um campo de trigo, que balançava ao sopro do vento. Ele estava com a Bíblia na mão. Jesus caminhava à frente, no meio do trigal, até que atingiram um terreno cheio de palmeiras. Naquele lugar, uma gente que ali estava olhava atentamente para ele. À medida que Hedlund pregava a mensagem do Evangelho, o povo batia palmas e uma voz na multidão ecoava: "Brasil, Brasil, Brasil". Nesse instante, ele despertou. Estava ajoelhado e com a Bíblia aberta à sua frente.

À noite, Hedlund foi ao culto na sua igreja, onde ouviu aquela mesma voz falando ao seu coração: "Brasil, Brasil, Brasil". Sua reação foi abrir os lábios em oração, dizendo: "Jesus, abençoa o Brasil". Foi quando o irmão Alfredo Gustafsson, que estava próximo, lhe disse: "É a chamada de Deus para a sua vida".

Ao ser informado do fato, pastor Lewi Pethrus corroborou as palavras do irmão Alfredo, afirmando: "Sei disso há muito tempo". O ministério da Igreja Filadélfia, em Estocolmo, sentiu o mesmo. Tora, a esposa de Hedlund, disse-lhe que há tempo Deus tinha feito com que sentisse o mesmo. Então, em 1920, Samuel Hedlund foi consagrado ao santo ministério. Obedecendo à chamada de Deus, foi enviado com sua esposa ao Brasil.

Em 8 de abril de 1921, o casal Hedlund desembarcou no porto de Recife, capital pernambucana. Ali, deram o seu substancial apoio à obra iniciada pelo casal Joel e Signe Carlson. Samuel pregava, visitava enfermos e viajava a cidades longínquas.

Em novembro de 1930, embora Gunnar Vingren ainda continuasse à frente do trabalho no Rio de Janeiro, Hedlund assume o pastorado da Assembleia de Deus no Rio, com o propósito de auxiliar Vingren no que era necessário. Naquele mesmo ano, Samuel Nystrom chegara ao Rio para também ajudar Vingren. Em 1932, Nystrom assumiria a igreja no Rio de Janeiro. Hedlund, juntamente com o irmão Jahn Sorheim, continuaria ao lado de Nystrom, ajudando-o. Nesse período, foi pioneiro na evangelização da cidade de Niterói (RJ). Foi ali que perdeu sua filha Lilian, aos 4 anos. Depois, foi a São Paulo.

Pastor Hedlund liderou a Assembleia de Deus em São Paulo, atualmente Ministério do Belenzinho, até 15 de abril de 1935, quando voltou à Suécia para um período de descanso. Antes da viagem à Suécia, Hedlund fora fichado, juntamente com o jornal Mensageiro da Paz, pelo Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops) da Ditadura Vargas porque o jornal publicara, em sua edição da segunda quinzena de fevereiro de 1935, um artigo de sua autoria denominado "Bolchevismo batalhando contra o Cristianismo", onde Hedlund fala da perseguição da Rússia comunista aos cristãos. O artigo foi entendido como uma indireta à fascista Ditadura Vargas, que prendia e perseguia discordantes do regime. Aquela edição foi confiscada e foi aberto um prontuário contra Hedlund. O Mensageiro da Paz foi fichado no Deops como "jornal religioso, anticomunista e antivarguista", mas isso não impediu que continuasse a circular e que Hedlund continuasse a escrever e a pregar o Evangelho.

Em abril de 1936, sabendo que missionários Simon Lundgren e Ester Anderson já haviam visitado Campinas (SP) e desenvolvido um grande trabalho de evangelização através de literaturas, Samuel Hedlund fixou residência na cidade verdejante. No mesmo ano, alugou um salão na Rua Regente Feijó, 337, onde se realizaram os primeiros cultos, assistidos apenas pelos Hedlund e um senhor que fora evangelizado.

A seguir converteram-se Joaquina Maria do Espírito Santo e Atílio Perrot. Atílio era um açougueiro tido na região como valentão e promotor de desordens. Por isso, era muito temido. A esposa do missionário convidara Joaquina, esposa de Atílio, para assistir a um culto. Na reunião, ela entregou-se a Jesus, e por isso passou a ser maltratada pelo marido. Hedlund resolveu visitá-lo, mas foi expulso da casa de Atílio, que esbravejou: "Você ganhou a minha esposa, mas a mim você não ganha. Sou católico apostólico romano e sei o que faço”.

O homem de Deus não se deu por vencido e continuou orando e visitando Atílio, até que ele se converteu.

Três meses depois, em 18 de setembro de 1936, o missionário Samuel Hedlund realizou o primeiro batismo em águas, e entre os batizandos estavam Atílio e a esposa. A alegria enchia-lhes o rosto. No ato, o missionário quebrou em público o revólver que pertencera ao ex-desordeiro. Esse testemunho impactou a cidade e o trabalho começou a crescer. As conversões se multiplicaram e o salão se tornou pequeno para comportar o povo. Hedlund, então, alugou um novo salão muito maior, que logo ficou também superlotado.

Quando Samuel Hedlund se transferiu de Campinas para Recife em 1941, as estacas estavam bem firmadas e o Evangelho já se estendia por todas as partes da cidade paulista e localidades vizinhas.

Em Recife, o casal Hedlund auxiliou o casal Carlson por algum tempo. Posteriormente, retornou à Suécia, onde veio a falecer, em 28 de abril de 1983. Sua esposa, Tora, morreu em 31 de maio de 1988, aos 98 anos.

Sem dúvida, o casal de missionários Samuel e Tora Hedlund foi um grande exemplo de persistência e fé na obra do Senhor.

(Mensageiro da Paz, outubro 2010)

5 de outubro de 2010

EVANGELHO DA RUA

por Marcos Soares

Amigos, fico profundamente consternado quando comprovo a veracidade das palavras de Jesus, quando afirmou: “os filhos das trevas são mais prudentes do que os filhos da luz”. Não porque em algum momento tenha questionado o ensino do Senhor nem por ter duvidado de que ele sempre falou a verdade. É que toda hora a gente chega atrasado. Não é raro ver na boca de pessoas que não conhecem a Deus, pelo contrário, às vezes são contra, aquilo que a gente deveria ter falado antes de acontecer. Posturas que deveríamos, como voz de Deus no mundo, ter denunciado em nossa missão profética de Igreja. Mais ou menos como Jonas, temos que acabar ouvindo dos marinheiros pagãos palavras mais sábias do que as do profeta.

Entendo a igreja como uma agência profética. Não no sentido das místicas “profetadas” muito comuns em alguns círculos ditos evangélicos. Não nos arroubos megalomaníacos de gente falando em nome de Deus o que Deus nunca sonhou em falar. Não daqueles que “determinam” isso ou aquilo na vida dos outros, muito menos dos que profetizam a “bênção infalível” aos que contribuem para o seu próprio sucesso financeiro. Isto não é profecia, é mercadejar a fé. Quando falo em missão profética da Igreja, uso a expressão no sentido bíblico. Somos o povo de Deus que reflete ao mundo o que Deus pensa e quer. Não há outra mensagem a ser pregada pela Igreja a não ser a mensagem do Evangelho de Jesus. É a única maneira de transformar o mundo e preserva-lo da degradação total. Neste sentido singular, somos o nervo exposto de Deus. Choramos por aquilo que Deus choraria. Erguemos nossa voz contra aquilo que Deus já ergueu. Compreendo que nosso papel não é exatamente o mesmo dos profetas do Antigo Testamento, mas não posso deixar de pensar que em muitos aspectos, muito se assemelha.

É bom que se diga: a mensagem do Evangelho sempre foi acompanhada pelos resultados do Evangelho nas vidas dos que nele creram. Ou seja, o Evangelho, além de verbalizado, pode ser visto. São as atitudes dos cristãos e o posicionamento da Igreja, como um Corpo, que permitem àqueles que ainda estão perdidos terem uma ideia do que significa crer em Jesus Cristo como Senhor e Salvador. É o Evangelho da rua que comprova o Evangelho do templo. Por sinal, a igreja primitiva não conhecia tal coisa como um “Evangelho do templo”, até porque nem os templos existiam. Eles são uma das resultantes do tempo em que Constantino resolveu estatizar a fé. Até aquele tempo, os cristãos estavam muito pouco preocupados (se é que em algum momento se preocuparam) com a forma, a pompa ou o conforto do lugar onde se reuniam para cultuar a Deus juntos. Ao invés de gastarem fortunas comprando terrenos e construindo templos caríssimos (operação muito mais ligada às religiões pagãs, que necessitavam de uma aparência física que impressionasse seus fieis), eles usavam seu dinheiro de maneira solidária, de tal forma que não houvesse entre eles necessitados, embora houvesse um claro respeito pela propriedade privada e existissem cristãos ricos e pobres. Quando Paulo pediu dinheiro, não foi para seu projeto pessoal, mas para beneficiar os crentes em necessidade na Judéia. Até isso hoje em dia se faz em nome do Evangelho. As construções de templos estão cada vez mais sofisticadas, caras e inúteis. Quanto dinheiro está empatado em imóveis que são usados duas ou três vezes por semana!

Esses dias fiquei com vergonha do Serginho Groisman. Não tenho nada pessoal contra esse rapaz, mas já o ouvi o suficiente para perceber que ele também defende muita coisa que não presta, estilos de vida anti-Deus, que vão contra os princípios bíblicos sobre a juventude. Longe de mim recomendar os programas que ele dirige para gente que anda com Deus. Justamente por tudo isso é que fiquei com vergonha. Por que teve que partir dele uma iniciativa para combater o bullying entre os jovens? Por que o espaço tinha que vir num programa da Rede Globo, que ajuda (como de resto toda a mídia corrompida) a disseminar um padrão de valores e conceitos completamente anticristãos? Como é que a gente não se tocou a respeito disso antes? Muito antes de surgir este assunto na mídia, Tiago já ensinava que “não devemos ter a fé em nosso Senhor Jesus Cristo em acepção de pessoas” e criticava duramente quem praticava tal ato.

Mais ainda: por que tem que ser o Datena para levantar uma bandeira contra a violência contra a mulher? Por que tinha que ser o Levy Fidelix o único candidato a dizer claramente que é contra o aborto e o casamento de pessoas do mesmo sexo?

Talvez seja porque nosso Evangelho de fim-de-semana esteja confinado feito gado aos nossos rituais, gestos, cerimônias, jargões, frases de efeito, sem conexão com a rua e com o mercado. Pode haver um ou outro desagravo isolado, aqui ou ali, mas em geral, não estamos dispostos sequer a tratar estes assuntos dentro dos nossos próprios arraiais. Você quer apostar quanto que se começarmos a conscientizar mulheres cristãs, haverá muitas que denunciarão agressões (inclusive físicas) de seus charmosos maridões, entre eles diáconos, presbíteros, pastores, missionários, professores de escola dominical, entre outros respeitáveis cidadãos?

O Evangelho precisa ir para a rua. Não em passeatas e marchas, que carregam nos seus passos esquisitices inexplicáveis e até incompatíveis com o verdadeiro Evangelho. Para precisa ir para a rua nas atitudes responsáveis daqueles que o professam.

http://www.irmaos.com

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O fenômeno Bullying é usado no sentido de identificar ações provindas dos termos zoar, gozar, tiranizar, ameaçar, intimidar, isolar, ignorar, humilhar, perseguir, ofender, agredir, ferir, discriminar e apelidar pessoas com nomes maldosos, que na grande maioria das vezes tem origem nas escolas através dos jovens alunos que assim praticam tais maldades contra determinados colegas que possuem algum defeito físico, assim como, os relacionados à crença, raça, opção sexual ou aos que carregam algo fora do normal no seu jeito de ser.
Archimedes Marques (delegado de Policia no Estado de Sergipe).
Texto integral: http://cachorroluco.blogspot.com

30 de setembro de 2010

A GLÓRIA DO TRABALHO MISSIONÁRIO

Efésios 4

Autor: Pr. Jarbas Ferreira da Silva

A palavra glória é extremamente rica. Ela contém a noção de majestade, imponência, valor e beleza. Paulo, certamente, experimentou inúmeras vezes a presença maravilhosa do Senhor Jesus, e sabia muito bem, que tê-lo ao nosso lado, é o bem mais precioso, que alguém pode usufruir. A companhia do Espírito Santo (v.30) é não só a garantia da nossa herança futura nos novos céus e nova terra, mas de imediato, nesta vida, a nossa segurança e força para nos conformar à imagem de Cristo. Um cristão deve ser conhecido por imitar a Cristo e amá-lo acima de tudo.

Para alguns a obra missionária revela o seu valor na grandeza de seus missionários, dos resultados, sejam eles, conversões em massa, a implantação de novas igrejas, e a tradução das Escrituras em línguas vernáculas. Entretanto, tais critérios podem ser enganosos. Eu mesmo pude observar o resultado a posteriore de cruzadas evangelísticas, seguidas de números estrondosos, e glórias humanas, as quais por fim revelaram, que seus frutos não só foram efêmeros como desapontadores. Há várias razões e meios, que podem influenciar as massas sofridas a levantarem as mãos em sinal de aceitação do Evangelho, mas o transplante de coração necessário requer mais que uma decisão emocional ou levada pelos constrangimentos das circunstâncias.

O discipulado é o tema missionário de Paulo neste capítulo. O Evangelho é sim, o poder Deus para a salvação de todo aquele que nele crê, mas, isto significa salvação da tirania do pecado. Mudança de mente e coração revela o efeito profundo desta salvação. Transformação de mente e valores, revelados numa nova filosofia de vida. ( v.17-24 ). Os dons, diz, o apóstolo, dão a igreja a força necessária, para propiciar o ensino e a formação de Cristo no caráter e fé dos decididos. Por isso, o Cristão é aquele que deixa: a mentira, o ódio, o roubo, a maldade, e passa a ser amoroso, perdoador, ajudador e puro diante de Deus e dos homens. (v.25-32). Desta forma, o serviço missionário tanto nas suas estratégias, como em seus motivos e alvos, só trará glória a Cristo, se conduzir pessoas a nascerem de novo, e a imitarem aquele que as salvou. Não pode a árvore má dar bons frutos, sendo assim, todo aquele que se diz ser de Cristo, precisa andar como Ele andou. Missões então só trará glória a Deus, se insistir em promulgar e estimular, plena fidelidade a amor ao Mestre maravilhoso.

Verdadeiramente, um missionário deve levar consigo não só uma mensagem, mas antes de tudo, um testemunho; não ter somente um bom preparo acadêmico, mas ter, antes de qualquer coisa, um caráter em formação e debaixo do senhorio de Cristo, andando cheio do seu Espírito. Ele não será perfeito, mas nunca cederá, as derrotas espirituais momentâneas. Em humildade, ele falará do seu Salvador e encorajará ao povo ao qual ele se consagrou, a preservar no amor e serviço santo, do seu Senhor. A glória de qualquer projeto missionário, não poderá ser medida por nós, pois, só Deus, tem esta prerrogativa, mas, a glorificação do Pai e do Filho, na direção do Espírito Santo, deverá ser sempre nosso alvo, e neste capítulo, ela somente, poderá acontecer se pecadores, se tornarem discípulos de Cristo; não meros ouvintes da Palavra, mas com certeza praticantes da mesma.

Cristo sendo amado e se tornando visível, no caráter das pessoas, é um sinal inconfundível que, no Senhor o trabalho missionário não é em vão.

A Deus toda a glória.

MIAF Brasil

24 de setembro de 2010

UMA TAREFA DE CONSEQUÊNCIAS ETERNAS

O propósito de Deus é o evangelho todo, pregado por toda a igreja, em todo o mundo, a cada criatura. A visão de Deus é o mundo todo, o método de Deus é a igreja toda e o tempo de Deus é agora. A evangelização é uma tarefa imperativa, intransferível e impostergável. A evangelização é uma tarefa inacabada e de conseqüências eternas. Em João 4.31-35 Jesus nos dá quatro princípios sobre a evangelização como uma tarefa de conseqüências eternas.

1. Precisamos ter visão

“... erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa” (Jo 4.35). Precisamos ter a visão de que o homem sem Cristo está perdido. Desde o ateu ao religioso, do doutor ao analfabeto, do homem das grandes metrópoles ao homem do campo. Precisamos ter a visão de que as falsas religiões proliferam celeremente como um rastilho de pólvora. Precisamos ter a visão de que oportunidades não aproveitadas hoje podem se tornar em portas fechadas amanhã. Precisamos ter a visão de que o crescimento de um evangelho híbrido, heterodoxo e sincrético que recrudesce em nossa nação, não é portador de boas novas de vida eterna, pois na verdade, é um outro evangelho, uma mensagem desprovida de salvação.

2. Precisamos ter urgência

“Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4.334). Jesus estava com fome, mas tinha algo mais urgente para fazer do que se alimentar. Seu propósito era dar a água da vida para a mulher samaritana. Precisamos ter a mesma urgência de Jesus. O que nos impede de evangelizar não é tanto a falta de método, mas falta de paixão. Precisamos clamar como Raquel: “Dá-me filhos, senão eu morrerei”. Precisamos chorar como John Knox, o pai do presbiterianismo: “Dá-me a Escócia para Jesus, senão eu morro”. Precisamos gritar como Paulo: “Ai de mim se não pregar o evangelho”. Muitas vezes ouvimos a Palavra de Deus, freqüentamos a Escola Dominical anos e mais anos, fazemos treinamento e até participamos de congressos, mas, não cruzamos a rua para falar de Jesus ao nosso vizinho. É tempo de falarmos de Cristo e isso com um profundo senso de urgência.

3. Precisamos ter compromisso

“... pois os campos já branquejam para a ceifa” (Jo 4.35). Um campo maduro para a ceifa exige do agricultor o compromisso de uma ação imediata. A evangelização é uma ordem e não uma opção. É um mandamento e não uma recomendação. A evangelização só pode ser feita pela igreja. Nenhuma outra instituição na terra pode cumprir essa tarefa. A igreja é o método de Deus. Se a igreja falhar, Deus não tem outro método. Se o ímpio morrer na sua impiedade, Deus cobrará de nós o seu sangue. A evangelização não pode esperar. Ela é impostergável. Se não ganharmos para Cristo esta geração, nesta geração, teremos fracassado rotundamente.

4. Precisamos ter investimentos

“... pois os campos já branquejam para a ceifa” (Jo 4.35). Quando uma lavoura está madura, colhemos os frutos, ou perderemos a safra. Na evangelização não é diferente. Precisamos fazer dois tipos de investimentos. O primeiro deles é financeiro. O melhor investimento que podemos fazer é na evangelização. Quem ganha almas é sábio. Uma vida vale mais do que o mundo inteiro. O segundo investimento é o investimento da vida. Precisamos dar-nos a nós mesmos a esta obra de conseqüências eternas. A obra de Deus é feita não apenas com boas intenções, mas de ações concretas. Fomos chamados do mundo para sermos enviados ao mundo como ministros da reconciliação, embaixadores de Deus e portadores de boas novas de salvação. Jim Elliot, missionário mártir entre os índios do Equador, disse corretamente: “Não é tolo aquele que dá o que não pode reter para ganhar o que não pode perder”. Há uma grande alegria e uma gloriosa recompensa para os ganhadores de almas (Jo 4.36). Essa recompensa vale mais do que todo o ouro da terra!

Rev. Hernandes Dias Lopes

21 de setembro de 2010

O QUE É NECESSÁRIO PARA UMA EVANGELIZAÇÃO QUE ALCANCE TODOS NESTA NAÇÃO?

Pastor Raul Cavalcante Batista é líder da Assembleia de Deus em Imperatriz (MA) e capelão da Polícia Militar no Maranhão.

Disse Jesus: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criaturà', Mc 16.15. Essa é a ordem imperativa de Cristo, portanto esta deve ser a prioridade da Igreja: evangelizar, fazer missões, alcançando o homem em qualquer faixa etéria e em qualquer faixa social que se encontre, pois o desejo de Deus é que todo homem chegue ao pleno conhecimento da verdade e seja salvo (1 Tm 2.4).

A igreja tem recursos humanos, financeiros e espirituais disponíveis para cumprir a sua missão na Terra. Em Atos dos Apóstolos 1.8, Jesus promete aos discípulos: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra". O Senhor não nos daria uma missão sem nos dar também os meios para realizá-la. Por isso, a promessa a respeito do poder do Espírito Santo.

"Por todas as partes"

O que realmente precisamos hoje e sempre é que cada igreja faça o que os discípulos fizeram em Marcos 16.20: "Tendo eles partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram". Observe a iniciativa dos discípulos. Eles não se preocuparam com as circunstâncias, mas simplesmente obedeceram à ordem de Cristo. Começaram pregando "por todas partes", e é exatamente isso que a igreja precisa fazer na atualidade: pregar o Evangelho a todas as pessoas, sejam nos lares, nas escolas, universidades, comércios, hospitais, ou presídios, e o resultado será que o Senhor confirmará a sua palavra com sinais e fornecerá todas as provisões necessárias para a realização da missão de Sua Igreja.

Responsabilidade

É da responsabilidade da igreja atual a salvação desta geração, portanto levantemos nossos olhos para contemplarmos os campos que estão brancos para a ceifa, e vamos dar as mãos nesse mutirão nacional para salvar vidas.

Que todas as crianças, todos os jovens, todos os anciãos, todos os empresários, todos os profissionais liberais, todas as mulheres e todos os obreiros utilizem todos os meios para salvar alguns.

Esta é a hora, pois o dia está findando e "a noite se aproxima, quando ninguém poderá trabalhar" .

Evangelização criativa

Vamos utilizar o rádio, o jornal, a tevê, os lares e as reuniões especiais para compartilhar o amor de Jesus para com as pessoas de todo o mundo.

Podemos, por exemplo, reunir os empresários, médicos, militares, profissionais de Direito, gente das associações de bairros etc, em eventos especiais em nossas igrejas. Temos feito isso no Maranhão.

Além dessas atividades, temos ainda 600 grupos de evangelizadores trabalhando nos lares, estendendo a igreja até às casas, para chegar mais perto das pessoas.

Também temos o projeto Caminhoneiros para Cristo, que distribui CDs com mensagens direcionadas aos motoristas, e estamos preparando jovens que queiram doar suas férias para Jesus, a fim de usar esse tempo de férias para a evangelização na cidade e em outras localidades.

Creio que este é o tempo da Grande Colheita e o tempo de muitos milagres. É o tempo da Igreja.

Não podemos perder o tempo da visitação de Deus para esta geração.

(MP)